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Mostrando postagens de 2014

Minha primeira vez

Minha primeira vez foi em um sábado à tarde, lá pelos idos de 1992.... Durou pouco, 5 minutos.... mas foi surpreendente, duas vezes em 5 minutos, coisa que não se repetiria mais pelo resto do ano... Estava ansioso, como todos na primeira vez, mas no fim das contas apesar do pouco tempo até que foi bom. Sorte de principiante talvez... Foi estranho, muita gente por perto, em plena USP, tarde ensolarada... Não me lembro bem mais do que aconteceu antes, tampouco como foi depois, se foi estranho como é para quase todos... Não pode-se dizer que foi de repente, pelo contráro, tinha treinado muito antes desse momento finalmente acontecer. Nesse dia, estreei pelo time da USP em jogos oficiais, já no adulto. O professor Arcílio me colocou no finzinho, jogo do Campeonato Paulista contra a Hebraica, 5 minutos faltando, e foram dois gols... um de contra ataque e outro de ponta. Outras vezes vieram, boas ou nem tanto.... Mas essa, a primeira, foi bem bacana!

Parabéns Brasil!

Parabéns Brasil ! Mais uma eleição presidencial transcorreu, sem percalços nem violência. É o processo eleitoral amadurecendo em um país ainda jovem democraticamente falando. É a população amadurecendo, e blá blá blá. E reelegemos a tal da Dilma, cria do Lula, que ficou 8 anos no poder. Como pode???? Como reelegemos um representante de um partido que está roubando tanto, que está corrompendo e se corrompendo tanto assim? Que usa a coisa pública a seu bel prazer? Que mensagem estamos passando? Para eles, que é OK roubar... e que podem continuar assim !!!! Em 2018 vem aí Lula, que de novo vai bater na tecla de os pobres contra os ricos, com o agravante do carisma natural que esse infeliz tem, E tome bolsa sabe-se lá de quê, para atrair ainda mais eleitores. Falar em separar norte de sul, ricos de pobres, hostilizar petistas, é pura idiotice, é cair na armadilha que eles mesmo colocaram lá. Pra você da elite branca, que estudou que nem um imbecil para ter uma boa formação, formação

Alternância de poder

Doze anos é muito tempo... tempo suficiente para eles terem se estabelecido no poder, colocados seus comparsas em cargos chave de estatais uma vez lucrativas. Tempo para aparelharem o Estado e utilizá-lo a seu bel prazer, desprezando a tal da coisa pública. Corrupção, favorecimento dos camaradas.... parece até a antiga URSS, mas o nosso Brasil, e a corja do PT. Não que o PSDB seja muito diferente, Não sou daqueles que acha que eles serão a solução, muito pelo contrário, sei dos casos e escândalos passados. Mas sei também que foi por eles que a inflação foi finalmente colocada em patamares mais aceitáveis. E esse sim foi o verdadeiro salto para a inclusão social e redução da pobreza, não o Bolsa Família. Por que os ricos tinham com se proteger da inflação, os banqueiros lucravam com ela. Agora os pobres, esses sim só perdiam. Sou a favor da alternância de poderes. Que se mude de presidente, de partido, assim eles não terão tempo de se acostumar com a moleza, de ajeitar seus esque

Perto do PT, Collor era um santo

Fernando Collor de Mello, o caçador de marajás. Foi com esse mote que Collor se elegeu presidente do Brasil em 1989, vencendo Lula no segundo turno. Eleição das mais divertidas, diga-se de passagem, pois teve Lula e Brizola brigando para entrar no segundo turno, mais Maluf, Ulisses Guimarães, Ronaldo Caiado, etc. Cada debate era diversão garantida. Até a eleição de Collor, alguns planos econômicos já haviam fracassado, na maioria das vezes por atacar apenas a inflação inercial, e não a inflação por demanda. Ou seja, se acabava com reajustes de preços, salários e contratos, mas nada se fazia com o excesso de demanda e a falta de oferta de produtos. Sem a inflação no momento inicial, o povo se animava para sair comprando, e faltavam produtos para essa demanda toda. Resultado: mais inflação. Collor tinha a Zelia Cardoso de Mello como ministra. E Zelia teve uma das ideias mais originais da história econômica para lidar com a inflação. O povo está com dinheiro para fazer compras? Fá

Foi só um jogo

Não, não foi uma metáfora da condição sócio econômica dos dois países, simples reflexo da nossa política. Foi apenas um jogo de futebol. Não foi um desalento para toda a população brasileira, o fim das esperanças para um povo tão sofrido, tão carente de ídolos, e todo esse blá blá blá que a Rede Globo adora ficar falando. Foi apenas uma derrota num jogo de futebol. Não deveria ser nada que influencie o resultado das eleições, ou a popularidade da presidenta. Da mesma forma que o sucesso não deveria ser. Não foi um sinal de uma Copa fracassada ou superfaturada, nem seria o sinal de uma Copa bem sucedida. Os problemas e virtudes do país estão aí, pra todos verem, independente se o Brasil tomou 1 ou 7 gols. Tonto de quem pensa o contrário, que o futebol vai mudar algo de suas vidas. Amanhã já é dia 10, um monte de contas vai pagar, e o choro do David Luiz ou a vértebra quebrada do Neymar não vai mudar nada disso. Foi apenas a derrota para um time melhor e mais preparado. Podia t

O pronunciamento de Dilma e a Copa

Ah Dona Dilma, se eu fosse famoso e importante, escreveria uma carta aberta à senhora, daquelas que são publicadas nos editoriais dos jornais, na página 2. Perguntaria pra Vossa Excelência quem escreveu o pronunciamento que a Sra. acabou de fazer na televisão sobre a Copa do Mundo. Aliás, será que posso escrever Copa do Mundo e não ser processado pela Fifa? Posso escrever Fifa? Que papo foi esse de colocar os interesses da competição na frente? Justo nessa semana, onde a greve dos metroviários e as malditas delegações indo para lá e para cá, com batedores interditando as ruas e fazendo eu demorar em média 2 horas e meia para chegar no trabalho? O que eu falo pro chefe? Que o atraso não é nada perto da grandeza da competição? E a conversa das obras que ficarão depois da Copa, que os turistas não levarão embora? Só aqui entre nós, que obras????? Não ficou nada pronto, não é mesmo? Nem aeroporto, nem metro, nem trem... nada! O que os turistas levariam ? E os estádios? Nem prec

O pobre destino de Diógenes

Diógenes nem sempre foi Diógenes. Diógenes tinha um primeiro nome. Paulo. Paulão, era assim que ficou conhecido nos tempos de faculdade, e foi assim que começou sua vida corporativa. E começou bem. Rapaz inteligente, cheio de energia, hard worker. Logo se destacou entre os colegas, começou a ser reconhecido pelos chefes no elevador. - Grande Paulão, como vai o projeto? - Ótimo trabalho Paulo! O cliente adorou. - Oi gato, almoço hoje?  Paulão virou coordenador. Tinha agora sua equipe, ganhou novas responsabilidades. E estava adorando. Achava que tinha nascido pra isso. Saiu da casa dos pais. Comprou um cachorro. - A vida é boa, diria ele num boteco dia desses. Surgiu uma outra oportunidade de promoção, mas desta vez Paulão foi preterido. Tudo bem, pensou ele, o negócio é ralar mais ainda porque na próxima essa não me escapa. Trabalhou mais, estudou, fez cursos. Pós-graduação e espanhol. Inglês ele já falava desde sempre. Mas o tempo foi passando. Paulão agora t

Você quer mesmo fazer parte disso?

Estádio Mané Garrincha, em Brasília, custou quase 2 bilhões de reais, valor que faria qualquer magnata de Dubai corar de vergonha. Não saiu trem-bala, não saiu expansão de linhas de metrô. Os entornos dos estádios serão limpos de favelas, mendigos, e quaisquer pessoas desagradáveis aos olhos. Com mortes inclusive. Operários morrendo nas obras, simplesmente por conta da pressa de entregar, proveniente da falta ou incompetência de planejamento. E as famílias, como ficam? Os aeroportos não foram ampliados, ganharam puxadinhos. Tanto desmando que conseguiram deixar até a FIFA, vejam só, de cabelos em pé com a bagunça. Jornalistas estrangeiros indo embora do país antes mesmo da competição começar. Os que ficam, são assaltados. Enquanto isso no país, uma das maiores vergonhas da história, a roubalheira dentro da Petrobras.  Fala-se de racionamento de energia e água, pra não faltar durante a Copa. Hotéis construídos sob sombras de corrupção e favorecimento alheio. Então,

Não tenho medo do escuro, mas ...

Não tenho medo do escuro, mas os sons da noite me apavoram. Os móveis estalam, na rua alguns gritam, os vizinhos andam no andar de cima, no apartamento ao lado. Às vezes os passos parecem estar vindo do meu corredor, da cozinha, da varanda. Levanto-me, dou uma olhada na casa toda, mas nunca vejo nada nem ninguém. Deve ser minha imaginação. Não tenho medo do escuro, mas me incomoda achar que tem alguém mexendo na maçaneta da porta. Tão real... Escuto a mesma rangendo, como se alguém estivesse querendo abri-la por fora, ou tentando forçar as janelas. Corro em desespero, pego a maior e mais afiada faca da cozinha imaginando surpreender o bandido que tenta entrar, mas nunca entrou ninguém. Deve ser a tal imaginação. Não temo o escuro. Mas o que me incomoda é aquela luz da área de serviço, que eu tinha certeza de ter deixado apagada, e teima em estar acesa. Ou vice-versa. Devo estar ficando gagá, penso. Apago a luz, e volto pra cama. De vez em quando ela fica como a deixei. Em

Imaginando... ou o Fantástico Mundo de Bob

Às vezes me pego imaginando.... me imagino um craque do handebol, descoberto na faculdade.... seria convocado para a seleção brasileira, ia jogar as Olimpíadas. Discreto nos primeiros jogos, eu seria decisivo na disputa da medalhe de bronze, e faria o gol derradeiro. Seria entrevistado e apareceria para o Brasil todo, e mostrando com orgulho a camiseta do Cepeusp, agradeceria todos os colegas de USP e em especial o prof. Arcilio. Outras vezes ganho na Megasena. Divido uma parte do dinheiro com meus parentes, e com a outra paro de trabalhar e começo a treinar triatlo. Não contaria pra ninguém a princípio, sairia do trabalho à francesa, dizendo que estou indo trabalhar na empresa de um amigo, ou no exterior. Compro um carro novo, um apartamento maior.... monto um projeto social para ensinar esportes e dar aulas de reforço a crianças carentes. Na natação semanal me imagino um talento nato, que só foi descoberto depois de velho. Medalhas em provas de masters e travessias aquáticas,

Carregando o país nas costas

Dia desses ouço entrevista no rádio onde o repórter pergunta a Juninho Paulista, ex-jogador de seleção brasileira, como o Neymar deveria estar se sentindo por ter que carregar as esperanças de uma nação inteira nas costas.  Fiquei em dúvida se deveria ficar com mais raiva da idiotice do repórter, ou das talvez milhares de pessoas balançando a cabeça e concordando com o repórter: "É, o Neymar é mesmo nossa única esperança". Que país é esse onde as esperanças de um povo recaem num jogador de futebol, recém contratado a preço de ouro, numa transação cheia de maracutaias onde mais uma vez prevaleceu a porra do jeitinho brasileiro pra neguinho ganhar mais dinheiro passando outros pra trás? O Neymar vai doar parte dessa grana pra educação, cultura, saúde? Vai pegar na mão dos idiotas que levam o futebol muito a sério e explicar pra eles que deveriam mesmo estar estudando e cuidando da família? Sabe quem vai ganhar com o Brasil sendo campeão da tal Copa? As empresas patrocin

A república do amarelo piscante

Era um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza! Lá havia palmeiras onde cantavam os sabiás, que por sinal eram preguiçosos e ficavam em cima do muro de minha mãe esperando a ração diária de mamões. Muito peculiar a relação desse país com a chuva. Era só chover que os semáforos piscavam suas luzes amarelas em júbilo. Os motoristas de carro colaboravam com a festa, buzinando freneticamente suas buzinas no trânsito. Os trens do metrô também diminuíam o ritmo, quando não paravam, mas acompanhar a celebração. E a população ajudava, jogando seu lixo na rua, entupindo os bueiros, e transformando as cidades em verdadeiras Venezas. Lindo de se ver. Muito pacato esse povo, diga-se de passagem. Pagavam os tubos em impostos, e nada tinham em troca. Mas mesmo assim pouco reclamavam, e quando o faziam tudo acabava virando festa, tomavam as maiores avenidas como se estivessem em uma rua de lazer, sem saber muito bem o que estavam fazendo lá... E tome escola de

Tia Luiza

Durante boa parte de minha infância e adolescência, fazia parte de minha rotina nos finais de semana ir visitar minhas tias  Emilia e Luiza. Na tia Luiza brincávamos com as primas, catávamos jabuticadas, corríamos com os cachorros, ouvíamos histórias de quando meu pai era mais novo. A Tia Emilia tinha um vendinha, e adorávamos ficar mexendo nos sacos de arroz e feijão, e ganhar um doce na hora de ir embora. Com o tempo crescemos, deixamos de ir tanto assim, mas as tias continuavam sempre muito queridas. Nos casamos, tivemos filhos, e nossas primas e tias estavam sempre lá em todas as comemorações.  Há algum tempo a tia Emilia já tinha nos deixado. No final do ano passado, um pouco antes do Natal, a tia Luiza também se foi. Estava hospitalizada há muito tempo já, e com certeza se encheu e resolveu que não ia passar as festas de fim de ano no hospital. Resolveu ir pro Céu, onde deve ter feito a festa com a tia Emilia e os outros irmãos que já estavam por lá.  Em seu velório,

Sorriso

- Estou chegando, pode descer pra me ajudar? - (Localização compartilhada no Whatsapp) -  Sim, te espero lá embaixo. Desço, te espero sentado sobre o porta-malas do carro. Escuto o portão se abrindo, o carro se aproximando. Assim que faz a curva da rampa, vejo você através dos vidros escuros, e você sorri. Um sorriso sincero. Que imediatamente faz o meu dia melhor, e me faz ter certeza que tudo valeu a pena.