E lá vem mais uma edição dos Jogos Olímpicos... E com isso, veremos nossa sanidade sumir por três semanas.
Por um pouco mais de 20 dias, perderemos a noção do espaço-tempo, e nossas vidas acontecerão todas em função da programação de jogos. E olha que não será das tarefas mais fáceis, pois serão dezenas de transmissões simultâneas... Planejamento extensivo para não perder nada de interessante a vivo, e ver as reprises do que se perdeu na madrugada. Todas as modalidades devem ter sua chance, sem preconceitos.
Haverá as reportagens daquele atleta que não tinha nada, se tornou alguém por conta do esporte, e finalmente conseguiu sua medalha. E daquele que também ralou igualzinho, mas perdeu por detalhes. Eles chorarão de um lado da tela, e nós, bobos que somos, choraremos do outro.
Veremos histórias de superação, de esportistas que mesmo com dor insuportável irão até o final de suas provas, mesmo sem ter mais chance de vitória, mesmo correndo o risco de se lesionarem mais ainda. Quem nunca se apaixonou por um esporte não entenderá. Quem já, compreenderá perfeitamente, balançará a cabeça e imaginará que faria igualzinho.
Terão as reclamações por falta de maior apoio do Estado, e nós assistiremos e concordaremos, ficaremos tristes, nos perguntando como seria se pelo menos uma parte do que é roubado diariamente fosse para esses atletas, para a educação física nas escolas, para o esporte na terceira idade, nas faculdades, onde quer que estejam pessoas interessadas em praticá-lo.
E todos que já fomos atletas em algum nível nos colocaremos no lugar daqueles medalhistas, cantando com orgulho o hino de seus países no alto do pódio, e nos lembraremos dos nossos próprios momentos de glória, ou de fracasso, e veremos como crescemos com o esporte, como ele é parte indissociável da formação do caráter da pessoa.
E teremos orgulho de nossa modalidade de coração, seja ela qual for.
Principalmente se for handebol!
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