Alerta de spoiler: o objetivo deste modesto texto não é e nunca seria defender a política econômica do governo, mesmo porque nem existe uma a rigor.
Tempos atrás, quando o dólar estava na casa dos 2 reais, e houve aquela avalanche de brasileiros indo fazer umas comprinhas em Miami, setores da economia, principalmente o setor industrial, reclamava do tal câmbio sobrevalorizado, e que isso acabaria com a indústria nacional, pois os produtos importados estavam tão baratos que deixavam a ineficiente indústria local em apuros para concorrer com as mercadorias Made in China.
Inclusive, quando começaram a aparecer as reservas de petróleo no pré-sal, época de barril a 100 dólares, imaginava-se que haveria uma enxurrada de dinheiro vindo pra cá, e que o Brasil-sil-sil iria nadar na grana do petróleo exportado. Aposto que o povo do PT alocado na Petrobrás estava até lambendo os beiços.
Temia-se inclusive que essa avalanche de dólares iria derrubar ainda mais a cotação da moeda americana, trazendo o risco de um fenômeno chamado Doença Holandesa (Dutch Disease).
Agora temos a moeda americana valendo 4 reais, o que aumenta o preço das importações, do turismo para fora do país, e da inflação, o que é extremamente prejudicial no cenário que vivemos hoje, de inflação já alta e recessão econômica.
Porém, os exportadores estão rindo à toa, pois o produto nacional fica mais atraente. E mais turistas de fora do Brasil, principalmente os que não tenham medo de serem assaltados ou estuprados, podem se sentir tentados a passar as férias por estas bandas. Como tudo em economia, a cotação do dólar também é cíclica. Dólar alto favorece as exportações e inibe as importações, o que faz com que aumente a oferta de dólar no país, fazendo com que sua cotação caia. Se você for um economista neoclássico, que não acredita na intervenção estatal, basta recostar-se na poltrona e esperar o dólar voltar ao normal, o que pode levar algumas décadas. Se você for keynesiano, gostaria de dar uma forcinha a esse ciclo. tomando medidas macroeconômicas para acelerar esse ajuste.
Mas afinal, o que seria um valor "normal" do dólar? Existe um conceito econômico denominado Paridade de Poder de Compra (PPC), o qual a grosso modo determina quanto uma moeda pode comprar, comparando-a a níveis internacionais. A medida do PPC pode ser feita utilizando-se, por exemplo, uma cesta de mercadorias que abranjam o maior número possível de setores econômicos.
A princípio como brincadeira, e depois anualmente, a revista The Economist divulga o índice Big Mac, que mede quanto custa um Big Mac em dólares ao redor do mundo, e por incrível que pareça é uma boa medida do PPC.
O índice Big Mac de 2013, por exemplo, quando o dólar valia R$2,23, indicava que o valor "correto" do mesmo deveria ser R$ 2,63, para que houvesse equilíbrio entre o real e o dólar pelo conceito de paridade de poder de compra. Ou seja, o real estava valendo mais do que devia.
Já o último que foi divulgado, em janeiro de 2016, com o dólar valendo R$ 4,02 , indicava que, pelos critérios de PPC, o real estava subvalorizado em 30 %, ou seja, o real já estava abaixo do que deveria estar em 30%. Ou seja, a cotação "correta" do dólar deveria ser R$ 2,74, indicando que um ajuste de cotação deve ocorrer mais dia menos dia.
Infelizmente, com a bagunça que na política que vivemos, o dólar deve se manter alto por mais tempo que o desejável, causando estragos no caminho.
Agora temos a moeda americana valendo 4 reais, o que aumenta o preço das importações, do turismo para fora do país, e da inflação, o que é extremamente prejudicial no cenário que vivemos hoje, de inflação já alta e recessão econômica.
Porém, os exportadores estão rindo à toa, pois o produto nacional fica mais atraente. E mais turistas de fora do Brasil, principalmente os que não tenham medo de serem assaltados ou estuprados, podem se sentir tentados a passar as férias por estas bandas. Como tudo em economia, a cotação do dólar também é cíclica. Dólar alto favorece as exportações e inibe as importações, o que faz com que aumente a oferta de dólar no país, fazendo com que sua cotação caia. Se você for um economista neoclássico, que não acredita na intervenção estatal, basta recostar-se na poltrona e esperar o dólar voltar ao normal, o que pode levar algumas décadas. Se você for keynesiano, gostaria de dar uma forcinha a esse ciclo. tomando medidas macroeconômicas para acelerar esse ajuste.
Mas afinal, o que seria um valor "normal" do dólar? Existe um conceito econômico denominado Paridade de Poder de Compra (PPC), o qual a grosso modo determina quanto uma moeda pode comprar, comparando-a a níveis internacionais. A medida do PPC pode ser feita utilizando-se, por exemplo, uma cesta de mercadorias que abranjam o maior número possível de setores econômicos.
A princípio como brincadeira, e depois anualmente, a revista The Economist divulga o índice Big Mac, que mede quanto custa um Big Mac em dólares ao redor do mundo, e por incrível que pareça é uma boa medida do PPC.
O índice Big Mac de 2013, por exemplo, quando o dólar valia R$2,23, indicava que o valor "correto" do mesmo deveria ser R$ 2,63, para que houvesse equilíbrio entre o real e o dólar pelo conceito de paridade de poder de compra. Ou seja, o real estava valendo mais do que devia.
Já o último que foi divulgado, em janeiro de 2016, com o dólar valendo R$ 4,02 , indicava que, pelos critérios de PPC, o real estava subvalorizado em 30 %, ou seja, o real já estava abaixo do que deveria estar em 30%. Ou seja, a cotação "correta" do dólar deveria ser R$ 2,74, indicando que um ajuste de cotação deve ocorrer mais dia menos dia.
Infelizmente, com a bagunça que na política que vivemos, o dólar deve se manter alto por mais tempo que o desejável, causando estragos no caminho.
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