Lá pelos idos de 1982, o que eu gostava mesmo era de jogar bola na rua. A jornada esportiva começava às 8:00h, e só acabava quando minha mãe chamava pra jantar.
Justamente no ano da fatídica Copa do Mundo de 1982. A rua estava toda enfeitada com bandeirinhas verdes e amarelas, a vizinhança com o asfalto todo pintado com bandeiras do Brasil e Laranjitos. Definitivamente, o melhor time de futebol que eu vi jogando.
Era um timão só com craques, cuja escalação me lembro até hoje: Valdir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Junior, Toninho Cerezo, Falcão, Zico e Sócrates, Serginho Chulapa e Eder. De todos os eles, apenas um não respeitava a tradicional numeração de 1 a 11. Era Falcão, que jogava na Europa, no Roma, e tinha um estilo todo requintado de tratar da pelota.
E eu, moleque que era, achava o máximo esse número 15, coloquei na cabeça que ia falar pro pessoal fazer um uniforme do time da rua, e que eu ia ser o número 15.
O uniforme do time saiu anos depois, e eu escolhi a 9 .... Depois me arrependi, e em todos os times de handebol que participei e hoje ainda participo, realizei esse meu modesto sonho. Não de ser um craque no esporte como Falcão, isso não consegui. Mas de ter uma camiseta 15 com meu nome.
Comentários
Postar um comentário