De repente se viu lá, caindo
Sem saber exatamente como, nem porque
Só que caia ...
Seu primeiro instinto foi segurar-se na borda
Nas árvores presas ao penhasco, em qualquer coisa
Sem conseguir, machucou-se ainda mais
Depois ficou se sentindo injustiçado
Por que com ele? Por que agora ? Quem haveria feito isso ?
Maldisse o Céu e a Terra, e tudo que havia no meio
Chorou, xingou, irritou-se
Quis morrer antes do derradeiro contato com o solo
A sensação de nada poder fazer...
...foi exatamente aquela que trouxe a ele algum alento
Se nada podia ser feito, se de nada era culpado
Então de nada adiantaria lamentar-se
Resolveu curtir o passeio
Aproveitar o vento no rosto, as paisagens passando rapidamente
Os cheiros e sons de cada lugar que passava voando por ele
E até agora cai
Ainda não chegou ao final
E nem sabe mais se algum dia vai chegar
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