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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Na Economia, como na vida, o que contam são as aparências

Foi notícia desta semana, o Banco Central manteve a taxa de juros anual em 14,25%. A manutenção da taxa por si só não seria ruim, dado que poderia ter sido justificada como uma tentativa de não deprimir ainda mais o "crescimento" econômico, apesar da inflação alta. Se tivesse sido uma decisão do tipo: "Ok, vamos manter os juros, mas vamos apertar as contas da União, de forma a estimular um pouco o crescimento e ao mesmo tempo combater a inflação", talvez os agentes econômicos não tivessem reagido como fizeram. O problema foi a "justificativa" dada, que foi a que a taxa estaria sido mantida por conta do relatório do FMI, que apontava uma previsão de queda no PIB brasileiro de 3,5% para o próximo ano. Difícil acreditar que se decida pela manutenção da taxa de juros baseado-se numa previsão do FMI divulgada dias antes. O que passou para o mercado é que houve influência do Planalto nas decisões do Banco Central, um órgão teoricamente independente para a

Notícias da Semana - comentários ácidos sobre o dia a dia

Diretor da UTC teria dito que Aécio era ‘o mais chato’ na cobrança de propina  Para quem acha que ainda existem políticos honestos no país. Não, não existem. O que existem são políticos que ainda não tiveram o gostinho do poder. Pelo menos, dos corruptos, ele era o mais chato, ou seja, talvez as coisas andassem, desde que obviamente os 10% fossem pagos direitinho, de preferência entregues em mãos diretamente no aeroporto da família. Em Davos, Barbosa defende ação do governo na economia PIB em queda enquanto no mundo todo a economia, mesmo que lentamente, se recupera. Recessão e inflação ao mesmo tempo . AO MESMO TEMPO ... Dólar nas alturas, muito maior do que deveria ser estar. Desemprego batendo recordes.... Imagine se estivesse fazendo algo errado então. Geisy Arruda faz bronzeamento artificial e quase mostra demais Como se qualquer coisa que essa moça fizesse fosse "quase". Tudo milimetricamente pensado para gerar cliques a mais em "notícias

Todos somos um pouco Charlie Brown

Todos temos um pouco de Charlie Brown ... Às vezes, por melhores que sejam nossas intenções, as coisas simplesmente parecem não funcionar. Somos sonhadores, idealizando conquistas e realizações que nem sempre teremos força de perseguir, apesar do que dizem os livros de auto ajuda. Tem sempre uma Lucy querendo puxar a bola bem na hora do chute. Ainda temos momentos de ingenuidade, apesar dos anos nas costas. Quando parece que vai dar tudo certo, quando falta só aquele detalhe, as coisas vão por água abaixo. Por outro lado, podemos acertar uma na sorte ...  Temos amigos espertos, fortes, que nos ajudam e estão sempre derrotando seus Barões Vermelhos. Há quem nos admire pelo que somos, gente que enxerga o que há de bom na gente. E existe uma Garotinha Ruiva que nos inspira e nos faz tentar ser uma pessoa melhor.

Amigos serão amigos

A circunstância não foi das melhores. O cara mais bacana daqueles saudosos tempos de brincadeiras na rua tinha falecido. Uma discussão besta no trânsito o tinha levado para o outro lado. Também, não se pode dizer que foi uma surpresa, afinal ele sempre era o mais encrenqueiro da turma, não levava desaforos pra casa. Trinta anos haviam se passado. Naquela rua de pouco movimento, cujo final dava num terreno baldio gigante, conhecido como Lixão, mais de dez moleques brincavam diariamente. Futebol com gol caixote, pipa, taco, Super Trunfo, corrida de bike, queimada, vôlei e até basquete.  Em seu auge, vinham meninos de outras ruas e bairros pra bater uma bola por aqueles lados. As atividades começavam bem cedo, e só acabavam quando anoitecia. Na época era relativamente comum faltar aenergia elétrica, e quando isso acontecia de noite, todos saíam também para rua, curtir a escuridão. A vida tratou de acabar com a festa. Um se mudou, outro começou a namorar, alguns foram estudar lon

Sou (muito) melhor que você

Não havia sido lá uma infância muito fácil para ele. Cresceu de repente, tinha aquele jeito meio desengonçado de criança que não sabia muito bem o tamanho. A pré-adolescência também não ajudou muito, pois além da falta de coordenação motora vieram as espinhas.... e os quilinhos a mais. Tornou-se alvo fácil dos colegas. Crianças podem ser muito cruéis. As coisas começaram a mudar com os anos. Deu-se bem na faculdade, arrumou um emprego bacana, ganhou destaque. Até nos esportes deixou de ser o último a ser escolhido. Como que querendo se vingar do mundo, desenvolveu uma personalidade um tanto quanto peculiar. Precisava ser o melhor em absolutamente tudo que fazia. Escrevia os melhores textos, dava as melhores palestras, montava o melhor prato no restaurante por quilo da esquina, tinha as melhores cantadas e tinha ficado com as mulheres mais bonitas. Tocava um acordeão como ninguém, Gonzagão perto dele era um amador. Como paciência tem limite, as pessoas começaram a se afastar.

Afinal de contas, quanto deveria valer um dólar?

Alerta de spoiler : o objetivo deste modesto texto não é e nunca seria defender a política econômica do governo, mesmo porque nem existe uma a rigor. Tempos atrás, quando o dólar estava na casa dos 2 reais, e houve aquela avalanche de brasileiros indo fazer umas comprinhas em Miami, setores da economia, principalmente o setor industrial, reclamava do tal câmbio sobrevalorizado, e que isso acabaria com a indústria nacional, pois os produtos importados estavam tão baratos que deixavam a ineficiente indústria local em apuros para concorrer com as mercadorias Made in China. Inclusive, quando começaram a aparecer as reservas de petróleo no pré-sal, época de barril a 100 dólares, imaginava-se que haveria uma enxurrada de dinheiro vindo pra cá, e que o Brasil-sil-sil iria nadar na grana do petróleo exportado. Aposto que o povo do PT alocado na Petrobrás estava até lambendo os beiços.  Temia-se inclusive que essa avalanche de dólares iria derrubar ainda mais a cotação da moeda amer

Maldito calor

Como fazia calor naquele maldito apartamento. A promessa do corretor era de que tinha muita circulação de ar, então resolveram alugá-lo. Pequeno apartamento, mal localizado, mas estavam apaixonados e era isso que valia. Mas agora ele se foi, deixando-a só naquele calor infernal. Em pleno mês de dezembro ele partiu. Não brigaram, não discutiram, nada. Ele apenas se foi, transferido. Ela pediu que ficasse, que arrumaria outro emprego. Mas ele apenas se foi, deixando-a só naquele apartamento quente e cheio de recordações. Há dias que não consegue dormir, suando sem parar. O ventilador havia quebrado, e já não sabia mais se o que a incomodava era aquele ar quente, o barulho da vizinhança, ou a falta que ele fazia.Olhava para aquele mesa vazia, onde ele sentava para escrever... e não conseguia dormir. Talvez a presença dele tornava tudo mais fresco, leve. Seu sorriso, o jeito como encarava tudo de forma positiva, Suas mãos, seu toque, que a fazia viajar e deixava tudo melhor. O ap

Contraponto: Nem tudo é o que parece

Para se pensar, antes de acreditar em qualquer estatística que tentam te empurrar: Quanto mais armas nas mãos da população, menor é a taxa de assassinatos por habitante. Estudo feito pela Harvard em 2007 ( leia aqui ) indica que as nações com maior número de armas por habitante na verdade têm menor taxa de homicídios. As pessoas não escolhem seus candidatos nas eleições pelas suas propostas, e sim inconscientemente pela sua aparência. De fato, pode-se estimar o resultado de uma eleição analisando as faces dos candidatos. Veja mais aqu i. Você não consegue fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Os recursos de seu cérebro são limitados, então sempre que precisar dividir sua atenção entre duas coisas, como por exemplo ler e ouvir música, ou dirigir e falar ao celular, algo sai perdendo. Em um célebre experimento, pessoas foram convocadas a contar quantas vezes uma bola era passada de uma pessoa para outra, e mais da metade não viu um homem vestido de gorila passando no vídeo. Vid