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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Livre Arbítrio?

Em um experimento na década de 1970, um cientista chamado Benjamin Libet fez um experimento bastante interessante sobre o funcionamento do cérebro humano. Nesse experimento, ele pedia a uma série de pessoas para executarem certos movimentos em intervalos periódicos determinados por um timer (mais detalhes aqui:  http://en.wikipedia.org/wiki/Benjamin_Libet ). Ao mesmo tempo, ele ligou eletrodos nas cobaias para medir a atividade cerebral. O que ele acabou descobrindo foi deveras surpreendente: a área do cérebro responsável por atos inconscientes é ativada antes mesmo que haja o estímulo para atos conscientes. Ou seja, antes mesmo de ser estimulado para levantar um braço, por exemplo, o cérebro do cidadão já dava sinais inconscientes desse movimento. Quer dizer, se for levado ao pé da letra, fazemos o que fazemos não por vontade própria, e sim por algum ente exterior, ou algo do tipo. Segundo Libet, teríamos na verdade o "poder de veto" das decisões tomadas sabe

A mística do #15

Lá pelos idos de 1982, o que eu gostava mesmo era de jogar bola na rua. A jornada esportiva começava às 8:00h, e só acabava quando minha mãe chamava pra jantar.   Justamente no ano da fatídica Copa do Mundo de 1982. A rua estava toda enfeitada com bandeirinhas verdes e amarelas, a vizinhança com o asfalto todo pintado com bandeiras do Brasil e Laranjitos. Definitivamente, o melhor time de futebol que eu vi jogando. Era um timão só com craques, cuja escalação me lembro até hoje: Valdir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Junior, Toninho Cerezo, Falcão, Zico e Sócrates, Serginho Chulapa e Eder. De todos os eles, apenas um não respeitava a tradicional numeração de 1 a 11. Era Falcão, que jogava na Europa, no Roma, e tinha um estilo todo requintado de tratar da pelota.  E eu, moleque que era, achava o máximo esse número 15, coloquei na cabeça que ia falar pro pessoal fazer um uniforme do time da rua, e que eu ia ser o número 15.  O uniforme do time saiu anos depois, e eu escolhi

Quanto vale seu cafezinho?

O preço de um bem em um mercado competitivo é dado pela famosa lei da oferta e procura. Dado que um mercado competitivo é, a grosso modo, aquele onde existem tantos fornecedores quanto houver interesse, e onde não haja barreiras para a entrada de novos fornecedores, o preço será o ponto de encontro entre quanto os consumidores estejam dispostos a pagar e a quanto os fornecedores estejam dispostos a vender. Exemplificando: se fosse possível fazer uma pesquisa entre mil amantes de um cafezinho pós-almoço, perguntando quanto eles estão dispostos a pagar por um café, poderia-se  ter um resultado mais ou menos assim: 100 pessoas pagariam no máximo R$ 0,50; 200 pessoas pagariam no máximo R$ 1,00; 400 pessoas pagariam no máximo R$ 1,50; 100 pessoas pagariam no máximo R$ 2,00 e outras 200 pagariam no máximo R$ 3,00. Em raciocínio análogo, faria-se uma pesquisa para saber quantas unidades de cafezinho um boteco estaria disposto a vender se o preço fosse R$ 0,50; R$ 1,00 e assim por dian

O consumo de sorvete e os afogamentos

Muito cuidado precisa ser tomado ao se analisar pesquisas e manchetes de jornais que associam alguma coisa a outra. Explico-me: quando lemos na internet que, por exemplo, comer vegetais faz a gente viver mais, é preciso ser crítico ao entender como se chegou no resultado, ou se apenas estão querendo chamar sua atenção com a manchete (como eu tentei fazer, inclusive). Quando estudamos duas variáveis, e percebemos que o movimento de uma acompanha o da outra, diz-se que as variáveis são correlacionadas. Por exemplo, em dias de maior número de afogamentos nas praias os vendedores de picolés também faturam mais. Isso quer dizer que sorvetes podem fazer você se afogar? Ou que as pessoas que estão acompanhando o resgate se entretém tomando um picolé? Para esse exemplo, é fácil perceber que em dias quentes tem mais gente nas praias, que tomam mais sorvete, e que também infelizmente acabam se afogando mais. Mas tomem a notícia abaixo: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/55

F1 Old School

Direto do blog do Flavio Gomes, o pódio mais emocionante da história da Formula 1.

Gerenciando projetos

Um verdadeiro exemplo de como gerenciar bem um projeto e o dinheiro público como um todo. Na construção do gasoduto que une Caraguatatuba a Taubaté, foi necessária a escavação de um túnel de 5km para transpor a serra do Mar.  Para tanto, foi trazida em regime de comodato um máquina da Itália que escavaria o túnel de 5 km. Acabado o trabalho, perceberam que teriam que remover a tal máquina, e esse fato tão inesperado (????) atrasaria o projeto em alguns meses. Solução? É óbvio: compraram a máquina para módica bagatela de R$ 51 milhões, cavaram mais um tunelzinho e enterraram a tal máquina.  Sensacional!

Os novos bicos da F1

Para quem gosta de F1, segue link interessante de um blog que explica o porquê dos novos bicos em "degrau" deste ano. http://scarbsf1.wordpress.com/2012/01/20/f1-2012-rules-designs-and-trends/

Tulipas, empresas .com e a crise atual

Em 1623, negociar bulbos de tulipa era um bom negócio na Holanda.. Tal tipo de flor era muito apreciado no país por conta de sua beleza, e chegava a ser um símbolo de status possuir bulbos de tulipa em casa. Um aumento no valor dos bulbos começou a provocar euforia nos compradores. Como rege a Lei da Oferta e Demanda, muita gente querendo comprar os bulbos fez o preço crescer vertiginosamente nas várias bolsas valores que existiam nas cidades holandesas na época. Desde trabalhadores comuns a membros da elite holandesa passaram a vender propriedades e outros bens para especular no mercado de bulbos das tulipas, sendo que algumas variedades da flor custavam mais que uma casa em Amsterdan. Nasceu o mercado futuro de tulipas, ou seja, pessoas já compravam a planta antes mesmo da mesma florescer, ou mesmo antes de serem plantadas. Mas uma hora a festa tinha que acabar. Por volta de 1637, o aumento sucessivo dos preços cessou. E começa o famoso "efeito manada". Um vende,

Musa

Segundo a mitologia grega, depois que os deuses do Olimpo venceram os titãs, foi pedido pra Zeus que criasse divindades que cantassem para sempre as glórias da vitória. Zeus, que não era bobo nem nada, "dormiu" nove noites seguidas com  Mnemósine, a deusa da memória, e das estripulias deles nasceram as nove musas, que cantavam o passado, o presente, o futuro e todas essas coisas ... Eu não sou Zeus, mas também tenho a minha musa. Não, ela não fica cantando minhas vitórias, meu passado, presente e futuro, mesmo porque desconfio que algumas passagens do meu passado não iam lá dar uma música muito bacana.  Mas ela me inspira a continuar seguindo em frente, a suplantar os percalços que temos todos os dias, a tentar ser sempre uma pessoa melhor, merecedora de tamanho suporte. Com ela sou uma pessoa mais forte. Por ela, e pelos pequenos, é que eu continuo sempre em frente.

Sejam Bem-vindos!

Idéias. Muitas vezes lendo, assistindo filmes, ou simplesmente fazendo nada idéias aparecem, e acabo pensando: "Bem que podia escrever isso!". Sempre gostei muito de escrever, acho que mais na minha época de colégio (faz tempo!), mas a vontade de passar pro papel algumas coisas sempre esteve lá. Então a ideia desse blog é justamente essa, escrever pelo simples prazer de escrever, sobre qualquer assunto que vier na cabeça. A todos que reservarem um pouco de seu tempo para ler, desde já meu muito obrigado!