Nossa vida é um livro de História. Um livro diferente, que vai se escrevendo sozinho, conforme a gente vai tomando as decisões, ou conforme a vida as toma por nós.
Um livro de papel, encadernado, tipo aqueles enciclopédias antigas, cada tomo marcando o período, ou dividido por ordem alfabética dos verbetes, vai do gosto do freguês. Nada de Kindle, tablets ou pdfs,
Cada um com seu gênero predileto, que podem até ir mudando conforme passa o tempo. Romance, drama, barroco, arcadismo. Carpe diem. Ficção, não ficção. Um livro de contos, pequenos, com começo meio e fim em algumas páginas, a cada dia um texto novo. Ou um romance tipo Gabriel Garcia Marquez, capítulos gigantescos, tão deliciosos que não dá vontade de parar de ler.
Tantas vezes ficamos empacados em alguma página. Páginas bacanas que a gente não quer que acabem nunca, ou complicadas que a gente esquece como virá-las, ou tem medo do que vem pela frente.
E assim que as viramos, ou que isso é feito por nós, milhares de palavras aparecem como por milagre, prontas para serem saboreadas. Podemos nunca saber o que o vem pela frente, ou podemos ter uma sequência enfadonha de histórias sem graça. Nossa escolha.
Na estante em que nosso livro está guardado, tantos outros, de pessoas que passaram e estão em nossas vidas. E cada linha que é escrita no nosso, afeta o que vai sendo escrito em todos que estão em nossa prateleira. Quer você queira ou não. E como isso é bom!
Nossa vida é um livro de História. Que vai se escrevendo sozinho, e no fundo a gente torce mesmo pra que nunca acabe. Ou pelo menos que, quando esteja finalizado, alguém se lembre de pegá-lo de vez em quando e dar uma folheada.
Comentários
Postar um comentário