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Um dia ainda escrevo um livro...


Diz-se que antes de morrer, todos deveríamos ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Filhos, já tive dois, lindos. Árvores, se contar os caroços de pitanga, mexerica e os feijões, já as plantei também. Está faltando o livro.
Um dia ainda escrevo um livro desses eróticos...Cinquenta Tons Pastéis será o título. Sobre uma executiva bem sucedida, maravilhosa, na casa de seus 40 anos, que manda durante o dia mensagens de texto provocantes para o marido. Que fica o dia todo em casa, fazendo palavras cruzadas e assistindo TV. Ao chegar em casa, pulsando de desejo, a esposa sussurra no ouvido do felizardo: "O que tem para o jantar?".
Qualquer dia desses começo um livro sobre o mundo corporativo. Será um misto de The Office com esses filmes sobre a selva de Wall Street, com pitadas de humor e crítica sobre a ganância humana e sua incansável busca por dinheiro. Se der certo, escrevo várias continuações para ganhar mais.
Pode ser um manual de auto ajuda. Livros de auto ajuda são ótimos, principalmente para quem os escreve. Será algo do tipo : "Sete Hábitos de Sucesso Para Quem Quer Passar no Vestibular". Não faltarão clichês, muitos deles. Estude durante toda sua vida escolar, relaxe na véspera das provas, procure entender a matéria ao invés de decorar, leve um copo de água e um chocolate. Se estiver muito calor, melhor deixar o chocolate pra lá. 
Já pensei também em um romance, sobre os desencontros e acasos da vida. Talvez um ator famoso que encontra uma companhia improvável em algum hotel de Tokio, e resolve repensar sua vida. Opa, acho que já existe um filme a respeito. Chato por sinal. Vou pensar em outra coisa. Mas obrigatoriamente terá alguém repensando a vida. Dá um tom mais profundo...

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