Lembro-me, quando éramos novos, de esperar meu pai voltar do trabalho pra jogar bola no quintal com a gente. Ele tinha sido goleiro, e ficávamos tentando fazer gol nele.... Chegava cansado, não sei quantos empregos, e ainda achava disposição pra brincar com a gente.
Quando a gente estava jogando bola na rua, ele ficava asssistindo, da janela de cima... Lá no fundo, tentava jogar melhor pra impressioná-lo.
Trabalhava o dia todo, fazia plantões nos finais de semana, Natal, Ano Novo, pra poder dar pra gente tudo do melhor... presentes, roupas, comida, e principalmente, uma boa educação. Nas datas festivas, me levava na fábrica das bolas de capotão, não precisava mais que isso, era tudo que queria.
Por educação, entenda-se boas escolas, curso de inglês, mas, principalmente, bons exemplos. Ele nos deu todas as "ferramentas"para sermos homens bem sucedidos, de bem.
Todos os outros meninos da rua achavam meu pai bacana, divertido. E como gostávamos disso, tínhamos orgulho.
Hoje o Dr. aprendeu a mexer na Internet, se distrai. E ajuda a cuidar dos netos, que o adoram. Tenho certeza que é mais que recíproco, eles o deram mais um motivo pra continuar...
Chorou quando entramos na faculdade... e quando nos formamos... e olha que demorei pra conseguir rs... Deve ter sentido orgulho, certeza do dever cumprido. Só isso já valeu a pena.
Ainda hoje, quando a casa cai, todos nós corremos para pedir sua opinião, seus conselhos. Espero ser para meus filhos tudo que ele foi por nós.
Dr. Roberto, muito obrigado por ter nos criado tão bem... Feliz Dia dos Pais!
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