Eu sempre vi o violinista do Titanic, aquele que toca até o navio afundar, agradecendo os companheiros de banda, como um exemplo de pessoa que sabe que fez tudo o que podia, e ainda com aquele senso de responsabilidade de seu papel na sociedade.
Talvez um herói estoico, que confrontado por em evento fora de seu controle, porta-se com virtude e serenidade. Talvez tenha tomado uma bota, perdido o emprego, errada a MegaSena por um mísero número, mas segue firme em seu propósito, fazendo o que sabe de melhor perante a adversidade.
Mas isso foi até hoje ... Sim, porque hoje revi o filme, e tudo ficou claro. Ele tinha mesmo era um plano! Tinha tudo equacionado, a tranquilidade de quem sabe que vai se dar bem no final. Talvez ele tivesse já um bote salva vidas forrado de dinheiro e modelos de bronzeamento suecas devidamente agasalhadas de um sobretudo e nada mais, talvez um emprego melhor e 100% remoto. Ele mesmo deu um jeito de tomar a bota pra poder ir viajar sozinho pro Carnaval, ele era muito mais ele! Nunca saberemos, na edição do filme cortaram a cena dele fugindo sorrateiramente, pra dar um tom mais melodramático e, principalmente, não roubar o protagonismo do Leo Di Caprio.
Ainda veremos um dia uma versão "director´s cut" da película. Sairá o dedicado e conformado, entrará o precavido e ligeiro, a mente com um plano, se despedindo dos colegas com "foi um prazer tocar com vocês" e um sorriso maroto no canto da boca.
Sou fã do violinista do Titanic.
Caraca … multiverso
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