Com o tempo acabei me acostumando com você. Ok, acostumar é um verbo muito mundano, não é que eu ficava com você por hábito, eu amava ficar com você.
Nunca era tedioso, foram anos de emoções intensas, paixão, raiva, sexo, romance. Muitos me criticavam, diziam que eu passava muito tempo com você, que por sua causa deixei de sair com os amigos. É verdade, preferia o sofá e um cobertor na sua companhia. Quem não iria?
Crescemos juntos, quem te viu no começo de nossa relação não diria em que ser excepcional você se tornaria, amadureceu, ganhou contornos e curvas que não tinha, tornou-se tão mais interessante. Imaginei que com o tempo perderíamos o interesse, mas pelo contrário, acabamos sentindo a cada dia mais desejo um pelo outro. uma coisa incontrolável. Sem explicações.
A cada encontro marcado a ansiedade era sufocante, como você estaria vestida, para que lugares maravilhosos iria me levar, iria me amar, ou brigar comigo ? Ia querer me possuir loucamente, ou me matar ? Quem sabe os dois ao mesmo tempo ? A excitação sempre no ar.
Mas você resolveu me deixar. Acabou, disse você, iria para outros lugares, abriu suas asas e alçou um voo pra bem longe. E foi, de repente, não que eu não esperasse, você já tinha dito que ia partir, mas nunca estamos preparados.
Você ficou brava, estranhou minha reação, falou pra eu procurar outras. E fiquei com mais raiva ainda. No dia da derradeira despedida, um dia tão especial pra mim, você simplesmente foi, sem dizer adeus... E eu, do outro lado, te vi partindo... e fiquei lá, olhando, até você sumir. Como é estranho saber que algo pode ser a última vez. E finalmente desapareceu.
Minhas noites, quão vazias estão !
Game of Thrones, foram oito anos.... Adeus !
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