Duas notícias do final de semana deixam claro que, quando o Estado não faz sua parte, sua obrigação na manutenção da ordem pública, alguém o fará.
Na primeira, mais uma vez pessoas morrem ao se perderem e irem parar dentro de uma "comunidade" (vejam aqui). Dessa vez, uma empresária de 70 anos foi a vítima, ao ter escolhido no Waze a rua errada indo para uma festa. Não é a primeira vez que ocorre, os traficantes não perdoam intromissões em seu território.
Dado que não é a primeira vez, conclui-se que a polícia sabe, o Estado sabe, e nada fazem a respeito. Exatamente a mesma coisa que ocorre em países do Oriente Médio, onde regiões e cidades são dominados por tribos ou facções religiosas. Repito, exatamente a mesma coisa, sem tirar nem por.
Em outra, um sociólogo condena a reação de grupos de lutadores contra os arrastões no Rio de Janeiro (aqui), O tal sociólogo diz que a reação é o levante da direita ultraconservadora (sic). Primeiramente, sociologia no dos outros é refresco, quero ver defender as classes menos favorecidas quando for assaltado e tiver seus entes queridos ameaçados.
De novo, se o Estado não reprime e prende criminosos que assaltam nas praias, que deveriam ser muito bem protegidas dado que são o maior atrativo dessa cidade, alguém por conta própria o fará. Certo ou errado, desamparadas pelo governo, as pessoas dão seu jeito para se proteger. Como qualquer um faria se fosse possível.
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