Há cerca de um século sabe-se do estranho comportamento de elementos subatômicos, como o elétron e o próton, que possuem características tanto de onda como de partícula, simultaneamente. E o mais bizarro, a mera inclusão de um observador afeta a forma de como o elemento se comporta, A explicação da célebre experiência comprovando essa teoria, o double slip , pode ser vista no video abaixo, bastante ilustrativo:
Essa interpretação da matéria como onda e partícula é também conhecida como a Interpretação de Kopenhague, que inclusive originou a bem humorada (para os nerds, claro) experiência do gato de Schrödinger, que o pessoal do Big Bang Theory gosta tanto.
Para tentar descobrir quando exatamente a partícula "resolve" ser uma coisa ou outra, havia sido proposto um segundo experimento, teórico apenas em 1978, propondo a inserção de uma segunda fenda, entre a fenda original e o anteparo, mas apenas após o elétron ou próton ter passado da primeira. Detalhes aqui,
Semanas atrás uma equipe australiana conseguiu realizar a experiência, inserindo a segunda fenda aleatoriamente. E o resultado foi o mais bacana de tudo: sempre que a segunda fenda foi colocada, o próton comportou-se como onda, e sempre que não foi, como partícula. Ou seja, o próton sabia se a segunda fenda seria colocada ou não, antes mesmo disso acontecer, lembrando que antes de passar pela primeira grelha o próton ao ser observado se comportava como partícula. A presença futura da grelha afetava o passado da partícula. O próton previu o futuro, ou viu a tal grelha, voltou no tempo e mudou sua natureza?
O que nos leva a pensar: se em nosso cérebro a atividade de prótons e elétrons é intensa, e se os danados sabem o que vai acontecer, será que estamos pensando alguma coisa por conta própria?
Como diz o autor do artigo, vamos precisar de uma caixa de gatos maior.
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