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E Lebron não voltou no contra ataque

 


Aconteceu no jogo 6 dos playoffs da NBA, contra o Suns... Lebron errou uma bandeja, pediu a falta que não foi marcada, e não voltou pra marcar o contra ataque adversário. 

O mesmo Lebron que jogou quase o jogo inteiro, que saiu poucas vezes, pra descansar alguns segundos que fossem, e voltar rapidinho, que jogou com o tornozelo machucado... Sem o Anthony Davis, machucado, teria que carregar o time nas costas. Tentou, fez o que pôde. Mas, naquele contra ataque, a câmera focou nele, e vi uma feição que conheço bem... Vi um misto de cansaço, desânimo, resignação pelo peso de idade que finalmente chegou.

Lebron tem 36 anos, continua tão forte quanto um touro, deve ser tão ou mais atlético que uns 90% dos outros jogadores, mas acusou o golpe. Saudável, deve ainda jogar uns dois anos em alto nível. Pena que esporte de alto nível, idade e ficar saudável não combinam. O tempo toma isso da gente.

Em 2008 joguei meu último Interusp.... Mas foi em 2006 que senti exatamente a mesma coisa que o Lebron, que estava velho demais pra correr atrás da molecada, que tudo doía, machucava, frustrava mais que trazia prazer. 

Com o tempo as boas atuações vão ficando esparsas, te dando a falsa impressão que ainda dá, como aquele jogo de despedida do Kobe, 60 pontos. Mas essas boas atuações nada mais são que pontos fora da curva do gráfico da vida.

E a gente percebe que não dá mais. Nem pro amador universitário, pro boleiro de fim de semana, pro profissional da NBA. 

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