Jogo acabando, empatado, aquela pressão, torcida em cima. Quem você coloca em quadra? O cara casca grossa, que passou a vida treinando, pronto praquele momento? O cara que vai guardar a bola lá na gaveta, que vai segurar a bronca na defesa, ou o outro que só sabe falar, se vangloriar, mas na hora afina?
Prazos acabando, tudo pra hoje. Você conta com o ponta firme que vai tentar entregar, independentemente da situação, ou o reclamão com título bacana no Linkedin, títulos e certificações, mas que vai embora assim que der seu horário?
Situação hipotética: Pandemia global, mortos e infectados aos montes prestes a chegar. Você ouve aqueles que estudaram, que pesquisaram, que passaram anos e anos nos livros, ou o capitão que diz que é histeria, que nem é tudo isso, que está suave? Você vai confiar em quem arrisca a vida pra te salvar, ou em quem fala que é tudo uma conspiração chinesa pra dominação do mundo?
Quem recomenda ficar em casa, se resguardando ou cuidando dos próximos, ou o cara que diz que, por ele, o futebol tinha continuado?
Quem manda fechar o comércio, ou quem vai dar a mão pra manifestantes? Quem se dispõe a fazer compras para os mais idosos, ou quem chama os fiéis pra igreja, e pergunta no início do culto se vai ser no débito ou crédito?
Melhor ainda, no final, de quem você quer continuar próximo? De quem fez sua parte, mais que sua parte, pra vencer a batalha junto contigo, ou de quem saiu correndo comprando todo papel higiênico, álcool gel, remédio que nem se sabe se é eficiente, mas que faz muita falta pra quem precisa? Quem você chamaria pra um churrasco em sua casa, ou pra cuidar de seus filhos?
Quando tudo isso acabar, que tipo de pessoa você quer ser?
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