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Mostrando postagens de setembro, 2018

Pqp Brasil

O brasileiro é um bicho deveras preguiçoso. Estão aí as pesquisas de intenção de voto para essa eleição presidencial tão pitoresca que teremos em alguns dias pra não me deixar mentir. O eleitor típico, maioria neste nosso país, não está lá muito a fins de pesquisar sobre a vida dos candidatos, quem os apoia, quais são suas propostas. E não me venham com essa que dá tudo no mesmo, que é tudo igual. Existem diferenças sim, existem opções. Boas, menos ruins, bizarras ou apocalípticas, tem-se presidenciáveis para todos os gostos. Mas não, o brasileiro não quer saber de propostas. Quer saber de salvadores, messias, que vão chegar lá e, num passe de mágica, vão melhorar a vida desse povo todo. De onde vão tirar dinheiro pra isso, pouco importa. Pouco importa que o Brasil esteja com um baita déficit fiscal, o que querem ouvir mesmo é que, quando chegar lá, o candidato vai aumentar os benefícios e vai acabar com aquele tipo de gente que o eleitor lá no fundo abomina. Dá nojo de pensar

O tempo cura tudo. Cura?

O tempo é sábio. Faz cair as máscaras. Verdadeiros eus são revelados, não há falsidade que sobreviva ao julgamento do passar dos minutos.  O tempo dá a oportunidade de pensar, ponderar. Relevar o que magoou, perdoar as pequenas coisas, refazer velhas relações. Com o tempo fica-se melhor, aprendem-se os atalhos, dá-se valor ao que realmente importa. Será? O mesmo tempo que amolece o coração de uns, endurece o de outros. Envenena. Corrói. Faz assuntos mal resolvidos virarem pesadelos. Multiplica irritações mínimas, transformando-as em montanhas de ressentimentos. Envelhece, deprecia, quebra.... Adoece. Bom ou mau, o tempo é o recurso mais escasso que há. Ele não vai querer saber se foi aproveitado, ou desperdiçado, se foi vivido em sua plenitude, ou se foi simplesmente gasto. Ele vai passar. Simples assim. Tic tac tic tac...

Maluquices nossas de cada dia

Até hoje eu ainda gosto de entrar em lojas de brinquedos pra ver as novidades. Pelo menos eu tenho a desculpa de estar acompanhando meus filhos. O que vou fazer quando eles crescerem?  Sou capaz de ficar horas em livrarias, dessas mais modernas que têm de tudo. Mas passo a maior parte do tempo mesmo na seção de HQs e videogames. Não posso ver um jornal por perto que pego pra dar uma folheada, principalmente a coluna da Monica Bergamo...quem não quer saber do que acontece nos bastidores de Brasilia, e nas festas chiques? Gosto de ficar olhando a chuva pela janela, se for forte e com vento melhor. Quando a água corre rápido pela sarjeta, tenho vontade de colocar umas folhas de árvore, e pensar que são barcos apostando corrida. Se for de granizo, desço correndo pra colocar os gelos pra derreter num copo. Acho que dá um baita azar a torcida cantar "Ai ai ai ai, tá chegando a hora...". Sempre que entro em quadra, é com o pé esquerdo, e faço o sinal da cruz pedi

Bolsonaro é só o reflexo da maioria preguiçosa

Minorias são organizadas. Precisam ser. Minorias e grupos oprimidos. Se não se organizarem, se agruparem, se não fizerem algo, continuam à margem das coisas. Simples assim. Se mulheres, gays, negros e etc. não tivessem de alguma forma se juntado para se proteger, hoje em dia assuntos como estupro, diferença salarial, violência e intolerância às diferenças religiosas não estariam sendo tão debatidos como são hoje. Note-se que foi usado o verbo "debatidos", e não "diminuídos" ou "eliminados". Entrando no jogo, e eventualmente conseguindo mais espaço, as minorias incomodam. Atrevem-se a mexer no status quo, a fazer a sociedade de certa forma evoluir. E isso pode irritar parte da maioria, aquela que prefere ficar lá em seu sofá, engordando e assistindo o William Bonner apresentar os videos do "Brasil que eu quero", invariavelmente reclamando de tudo. Reclamar é fácil, não requer lá muito esforço. Preferem alardear que respeitam a família, a