Aposto que você conhece alguém que vivia falando que ainda seria um craque de futebol, jogando em um estádio lotado, televisionado para o mundo todo, e que faria o gol do título no último segundo. E o menino, ou menina, se perdia em seus próprios pensamentos, lá sorrindo em seu mundinho.
Ou um futuro rockstar, fazendo incríveis solos de guitarra, a galera vibrando, cantando junto. Muito dinheiro, fãs, extravagâncias em quartos de hotel pelo mundo.
Provavelmente nenhum deles virou nada.
Por outro lado, talvez você conheça o tipo, ou talvez não, estes são mais raros. Alguém como o Kobe Bryant, que de forma muito sublime declara seu amor ao basquetebol, na animação ganhadora do Oscar, Dear Basketball. Alguém apaixonado pelo caminho, não pelo destino final.
Aquela pessoa que simplesmente ama o que faz, ama todos os treinos, as práticas aparentemente enfadonhas; aquele que chega sempre mais cedo e vai embora mais tarde. Pode ter certeza que ele, ou ela, não está fazendo isso para colher os louros do sucesso, ou conquistar a admiração de homens ou mulheres. Nem para ficar rico, ou para aparecer mais que os outros. Dedica-se porque aquilo é sua vida.
Esses abnegados podem, procurando-se bem, ser encontrados em todas as esferas: atletas amadores ou profissionais, músicos, trabalhadores, estudantes. Para eles, não basta fazer de qualquer jeito. Você não seria relapso com o que ou quem você ama, seria? Tem que ser o melhor possível.
Não à toa, é esse tipo de pessoa que consegue sobressair-se, mas isso também pouco importa. Como este que vos escreve, esforçado porém pouco talentoso, o que basta é o prazer de estar fazendo o que se gosta.
Comentários
Postar um comentário