Blog do Quinze

Eu já estive com uma música na cabeça e, passando pelas estações no rádio, a música estava tocando. Também, quantas vezes pensamos em músicas e quantas vezes elas tocam? Na época que ainda usávamos os telefones para falar com os outros, eu já tirei o aparelho do gancho para falar com alguém, e sem discar nem nada, a outra pessoa estava do outro lado. Acontece. Eu já pensei exatamente a mesma coisa que alguém, adivinhei o que ele ia fazer, ou sabia como ele ia reagir. Normal, pessoas que passam muito tempo juntas aprendem. Umas mais que as outras. Já pressenti, à distância, que algo de errado tinha acontecido, e o contrário. Sincronicidade de Freud, ou apenas o fato de pensarmos milhares de coisa por minuto, uma vez ou outra vai calhar de ser a real?  Eu vejo vultos se movendo no escuro, outro dia estava no banho e tive a clara sensação de alguém passando pelo corredor, mas a casa estava vazia. Mas pode ser minha visão periférica ficando ruim com a idade. Qua...

Aposto que você conhece alguém que vivia falando que ainda seria um craque de futebol, jogando em um estádio lotado, televisionado para o mundo todo, e que faria o gol do título no último segundo. E o menino, ou menina, se perdia em seus próprios pensamentos, lá sorrindo em seu mundinho. Ou um futuro rockstar, fazendo incríveis solos de guitarra, a galera vibrando, cantando junto. Muito dinheiro, fãs, extravagâncias em quartos de hotel pelo mundo.  Provavelmente nenhum deles virou nada. Por outro lado, talvez você conheça o tipo, ou talvez não, estes são mais raros. Alguém como o Kobe Bryant, que de forma muito sublime declara seu amor ao basquetebol, na animação ganhadora do Oscar, Dear Basketball . Alguém apaixonado pelo caminho, não pelo destino final. Aquela pessoa que simplesmente ama o que faz, ama todos os treinos, as práticas aparentemente enfadonhas; aquele que chega sempre mais cedo e vai embora mais tarde. Pode ter certeza que ele, ou ela, não está faze...