Quarta-feira, 20:30h de uma noite chuvosa. Linha vermelha do metrô, sentido Itaquera, trens em velocidade reduzida, ele volta do trabalho e observa outros tantos também retornando para suas casas, em suas faces o semblante sofrido de quem já passou por muita coisa. Vê a mulher de seus 40 e poucos anos, que em sua infância e adolescência sonhava em ser bailarina no Teatro Municipal, mas a falta de talento a levou a mais um emprego normal, em um escritório normal, com um cubículo só seu, e uma caixa de música sobre a mesa, louca para chegar em casa a tempo de ver a filha ainda acordada. Vê o rapaz humilde, que queria como tantos outros ser jogador de futebol. Melhor jogador da rua, melhor jogador da escola, mas não passou na peneira de nenhum time, Estudou, acabou o 2o grau, hoje é auxiliar de contabilidade e tem um chefe gente boa, mas sofredor como ele, vítimas da crise financeira que come o salário deles mês a mês. A seu lado, a moça que queria fazer um mochilão pela Europa...
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