- Chérie ! Comment ça va? - disse a voz do outro lado do telefone. Reconheceu imediatamente aquele tom ligeiramente esganiçado, e definitivamente anasalado. Só podia ser Susane. Susane era uma charmosa francesa que conhecera em um simpósio sobre queijos camembert , no Mercadão Muncipal de Carapicuíba, um lugar que não tinha lá muito glamour. Susane era representante de uma maison muita famosa, mas que sempre esquecia o nome, e pode-se dizer que rolou entre eles um je ne sais pas. Foi química pura, e sempre que voltava ao Brasil, o procurava para um rendez vous. Só que a louca esquecia que estava em terras tupiniquins. - Susane, deixa de ser besta e fale em português! Marcaram um encontro para o final do dia. Ela estava no mesmo hôtel de luxe de sempre, e o convidou para um jantar no Paris 6. Ele chegou fumando um Gitanes, tentando um ar meio blasé , mas logo desistiu quando o segurança mandou ele apagar aquela coisa fedorenta. Colocaram o papo em dia,...
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