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As pessoas mudam

  Quantas vezes já ouvi falar que as pessoas não mudam, que sua essência permanece a mesma. Pode ser em parte verdade, vejo em meus filhos agora adolescentes características que sempre estiveram lá. A doçura, a preocupação com o próximo, e isso me enche de orgulho. E de preocupação. Flashback para o passado, quando eu jogava bola na rua, e tenho pra mim que mandava melhor quando ficava com raiva. Driblava todos e fazia o gol, diz minha memória absolutamente distorcida e tendenciosa. E a raiva ainda está aqui, minha companheira assim como a dor. A dor física, resultado de tantas pancadas, e cirurgias e ossos quebrados. Infelizmente, a raiva não me leva mais a resultados tão imediatos quanto no passado irreal e simples de craque de bola da Oliveira Torres. Mas ela continua me movendo, talvez demore mais mesmo, talvez nem leve mais. Mas sou como o Bruce Banner dos Vingadores... o segredo é que a raiva está sempre aqui. As pessoas ficam mais cascudas com o tempo, essa variável que separa o
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Respeite o jogo

  Se você ainda tem condições de jogar, seja qual for seu jogo, respeite o jogo ! Muitos queriam estar em seu lugar e não podem, seja porque pararam no caminho, não se prepararam, e agora só ficam nos planos. Ano que vem vou me condicionar e voltar. Vão nada....Outros não podem porque a vida os tirou esse direito, e hoje só podem torcer, ou preferiram se afastar para não passar vontade. Por você, por estes que não podem mais, respeite seu esforço, respeite seu caminho até aqui. Respeite o jogo ! Ele te trouxe tantas alegrias e tristezas, amigos que se não fosse por ele estariam sumidos por aí, seriam só mais um contato nas redes sociais. O jogo te deu motivo pra continuar cuidando de seu corpo, te proporciona horas e horas de resenha pré e pós jogo, te faz um menino de novo, no melhor dos sentidos. Então corresponda a tudo isso, pode ser besteira para quem não está envolvido, mas para nós é a vida. Treine, faça seu melhor, trate o dia de jogo como uma batalha, uma guerra, uma celebraçã

Ode aos meus companheiros de batalha

  Essa é para meus companheiros de batalha, aqueles que estiveram comigo no front. Armas em punho, dispostos a matar e morrer, por mim, por eles, por nós, por nossos objetivos. Soldados que respeitam a batalha, por mais insignificante que seja para quem está de fora, por mais importante e cheia de sentido pra quem está dentro. A eles, a tudo que aprendi e aprendo com eles, toda a minha reverência. É também a meus inimigos que travaram a boa luta com a mesma honra que nós, que perderam, como podiam ter ganho, com a mesma conduta que nós. A eles, estendo minha mão para ergue-los do chão, outras batalhas virão, talvez do mesmo lado que eu, talvez em lados opostos, talvez saiam vencedores, só talvez. Mas não dessa vez, essa foi nossa.  Aos meus inimigos velados, aqueles travestidos de companheiros com o mesmo uniforme que eu, meu total desprezo. A eles apenas desejo que o próprio tempo se encarregue de mostrar-lhes que não são como nós, nunca serão. Não terão meu ódio, não vão ocupar espaç

A Lei dos Grandes Números

  "A  média  aritmética dos resultados da realização da mesma experiência repetidas vezes tende a se aproximar do  valor esperado  à medida que mais tentativas se sucederem. Em outras palavras, quanto mais tentativas são realizadas, mais a probabilidade da média aritmética dos resultados observados irá se aproximar da probabilidade real." No poker existe uma jogada típica que é Ás-Rei contra qualquer par, que não seja AA ou KK. Essa jogada tem praticamente 50% de chances para qualquer um dos lados. Vira e mexe acontece de perder-se três, quatro, cinco jogadas seguidas dessas, o que daria uma chance em trinta e duas, para 5 derrotas seguidas. Na vida, também acontece de tudo dar errado em sequência às vezes. E você se pergunta, quais as chances disso? Para quem acredita, castigo divino, Deus sabe o que faz, coisa e tal.... Para quem não , maré de azar. Dependendo de sua auto estima, você se sente um nada. Mas no poker, como na vida, vale a Lei dos Grandes Números. Se você ague

Marombeiros siberianos treinam de regata

  Marombeiros siberianos nunca perdem um treino. Não é qualquer tempestade de 30 cm de neve que os deixa em casa. Se preciso, levam sua própria pá e vão abrindo caminho pelas já esburacadas estradas... ou trilhos de trem... ou antigas trincheiras. Não têm rinite, sinusite, mal estar, nenhuma dorzinha chata que os façam ficar no sofá vendo Netflix e comendo pipocas dos satãs imperialistas americanos. Tratam tudo isso com uma anilha a mais de 20kg de cada lado, e um brother gritando "Força Guerreiro, mais uma pra mim!" Não tomam whey protein, pré treino, pós treino, tapioca de doce de leite, malto sabor morango. Eles sabem que nada disso funciona. Tomam ferro, na forma de pesos livres mesmo, e umas coisinhas a mais que um amigo traz do Uzbequistão. Coisa fina, com receita, Precisam estar prontos pro verão, quando fizer 0C eles poderão andar na rua sem camisa, e quem vai ser louco de falar alguma coisa? Os policiais siberianos também são marombeiros,  a única abordagem será para

O violinista do Titanic tinha um plano

  Eu sempre vi o violinista do Titanic, aquele que toca até o navio afundar, agradecendo os companheiros de banda, como um exemplo de pessoa que sabe que fez tudo o que podia, e ainda com aquele senso de responsabilidade de seu papel na sociedade. Talvez um herói estoico, que confrontado por em evento fora de seu controle, porta-se com virtude e serenidade. Talvez tenha tomado uma bota, perdido o emprego, errada a MegaSena por um mísero número, mas segue firme em seu propósito, fazendo o que sabe de melhor perante a adversidade.  Mas isso foi até hoje ... Sim, porque hoje revi o filme, e tudo ficou claro. Ele tinha mesmo era um plano! Tinha tudo equacionado, a tranquilidade de quem sabe que vai se dar bem no final. Talvez ele tivesse já um bote salva vidas forrado de dinheiro e modelos de bronzeamento suecas devidamente agasalhadas de um sobretudo e nada mais, talvez um emprego melhor e 100% remoto. Ele mesmo deu um jeito de tomar a bota pra poder ir viajar sozinho pro Carnaval, ele er

O número mágico

  De La Soul é um grupo de rap americano lá dos anos 80, 90.... Fez bastante sucesso na época, depois deu uma sumida.... Chegou a aparecer tocando junto com o Gorillaz na música Feel Good Inc., mas nada de muito duradouro. Você pode nunca ter ouvido falar no De La Soul, Gorillaz ou rap. Eu mesmo nunca fui muito fã. Mas nem precisa pra entender o ponto deste singelo texto. Dois anos atrás uma música deles foi escolhida pra tocar nos créditos finais de Homem Aranha, Sem Volta pra Casa. The Magic Number, afinal, o refrão da música diz que três é o número mágico, e eram três Homem Aranha no filme. Tudo a ver. Música bacana, muita gente foi querer baixar, descobrir quem tocava. Mas as músicas do De La Soul não estavam em nenhuma plataforma de streaming. Não estavam até então, porque o grupo percebeu aí uma oportunidade de voltar... Começaram a fazer propaganda, em breve todas as músicas estariam disponíveis pra download...  Refizeram os vídeos, prometeram uma data. Foi sucesso imediato,  ti